quarta-feira, 1 de setembro de 2010

O cuidado com as semelhanças

Depois de elogiarmos a imagem global "colheita tardia" M, da Herdade da Mingorra, recebemos alguns comentários apontando o facto da imagem parecer demasiado colada ao design de duas bebidas: um ponche sueco Blossa Glögg, e um whisky canadiano, Bull-a-Rook. Inspiração ou coincidência? Cópia declarada? Não cremos... Nada retiramos à crítica então feita. Reforçamos a ideia de que, ainda que sem os atributos de eloquência das embalagens em causa — e que aqui se mostram —, a imagem do vinho M distingue-se dos demais vinhos da Herdade e da maioria da produção nacional concorrente. Pela elegância do seu grafismo, contemporaneidade e, acima de tudo, pela adequação do design, continua a merecer o nosso elogio.

A cópia ou o plágio, a inspiração ou a citação, muitas vezes a simples semelhança ou coincidência, têm sido alimento de longas conversas e polémicas — e de invejas e frustrações —, principalmente entre designers mal formados. Sabemos que é o sentido ético de cada designer que determina os procedimentos correctos num projecto. Mas isso nem sempre chega. Para se evitar dissabores, é de todo conveniente possuir uma vasta cultura e um conhecimento actualizado do "estado da arte".


Quantos clientes não nos abordaram já, dizendo que pretendem uma solução de design igual à que viram na revista x ou no concorrente y?! Seja por desconhecimento do que isso implica, ingenuidade, atrevimento ou mesmo pura pilhagem, competirá pois ao designer exercer o seu papel profissional, ético e pedagógico. Mesmo correndo o risco de perder um cliente para sempre.

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